quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Lixo como fonte de renda: dos lixões à reciclagem

Autores: Talita Cassola, Gislaine Oliveira, Karine Simmi, Rovian, Renato
Turma 301

Reciclagem de lixo: Exercício de cidadania

O Brasil produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, mas recicla menos de 5% do lixo urbano – valor muito baixo se comparado à quantidade de material reciclado nos Estados Unidos e na Europa (40%).
De tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos 35% poderia ser reciclado ou reutilizado, e outros 35%, serem transformados em adubo orgânico.
O lixo é um problema relativamente recente, já que, há algumas décadas, era constituído basicamente por materiais orgânicos - facilmente decompostos pela natureza. Mas com a mudança nos hábitos, o aumento de produtos industrializados e o advento das embalagens descartáveis, o lixo tomou outra dimensão e sua "composição" também mudou.
Mas o problema não é, propriamente, a característica do lixo produzido, hoje, nos grandes centros urbanos, mas o destino dado a ele. Muitos desses materiais podem ser reaproveitados ou reciclados, diminuindo, assim, as enormes montanhas formadas nos lixões da cidade e, conseqüentemente, a degradação do meio ambiente.
Outro aspecto importante da reciclagem, além da consciência ecológica, é o fator social. A coleta de material reciclável é, muitas vezes, a única fonte de renda dos catadores. Só na cidade de São Paulo, há cerca de 20 mil em atividade – com ganho mensal médio de R$ 300,00.(comparar com slg q eles ainda não tem noção do lucro das cooperativas)

Dicas rápidas

· toda embalagem reciclável, antes de ser jogada no lixo seletivo, deve ser lavada para não atrair insetos, nem ficar com cheiro forte, enquanto estiver armazenada no prédio;
· para tirar o grosso da sujeira das embalagens que serão destinadas à coleta seletiva, aproveite a água servida da pia da cozinha. Isso também faz parte do comportamento ecológico, porque a água é um recurso cada vez mais escasso;
· a compra de lixeiras especiais é dispensável, pelo menos no momento inicial do projeto. Evite gastos!
· qualquer cantinho disponível, na garagem ou espaços livres debaixo das escadas, é suficiente para armazenar o material reciclável do prédio;
· os restos de alimento também podem ser reciclados. Com poucos recursos é possível transformá-los em adubo;
· não jogue as baterias de celular no lixo comum. As empresas produtoras já estão se responsabilizando pelo recolhimento;
· as pilhas usadas, embora tenham substâncias tóxicas, infelizmente ainda não têm um destino adequado. Por enquanto, têm de ser jogadas no lixo comum. Evite acumulá-las para não haver contaminação;
· não separe o lixo sem ter planejado primeiro para onde mandar.


O lixo como fonte de renda

A reciclagem não é novidade na América Latina. Até onde é possível lembrar, os mais pobres dos pobres ganham a vida precariamente catando lixo nos depósitos de lixo durante o dia e nas ruas à noite, em busca de qualquer coisa que possa ser vendida. Muitos desses catadores de lixo são crianças e em alguns locais famílias inteiras vivem nos aterros sanitários, dividindo os dejetos da cidade com os urubus e os ratos.
Mas, nos últimos anos, em muitos países da América Latina estabeleceram-se programas organizados de reciclagem. Alguns deles visam beneficiar os catadores de lixo que há muito vasculham aterros sanitários. Outros foram criados em resposta a campanhas educativas organizadas por grupos ambientalistas locais e internacionais. Os mais bem-sucedidos combinam objetivos ambientais com os retornos econômicos essenciais para tornar um programa verdadeiramente sustentável.
Os programas vão de pequenos projetos comunitários a empreendimentos industriais de grande escala.
A reciclagem no Brasil, como quase tudo o mais nesse país, está ocorrendo em grande escala. Considere-se o exemplo de Fortaleza, capital do estado nordestino do Ceará. Cerca de 1.000 pessoas, entre elas 300 crianças, viviam antes do que conseguiam catar no enorme depósito de lixo de Jangurussu, nos arredores desta cidade de 2 milhões de habitantes. Eles faziam uma triagem completa do lixo, com as mãos desprotegidas, separando plásticos, vidros, metais e madeira para revenda. Os caminhões despejavam lixo no aterro sanitário dia e noite. O trabalho era difícil e muitas vezes perigoso, sobretudo à noite, quando as crianças podiam não ser vistas e eram atropeladas pelos caminhões. (comparar com slg)

O lixo como fonte de renda

Embora o Brasil seja recordista mundial em reciclagem de latinhas de alumínios, tem apenas 2% de seu lixo coletado de forma seletiva. Os dados, baseados em uma pesquisa realizada em 2000 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que nesse período, das 228.413 toneladas de lixo coletadas diariamente no Brasil, apenas pouco mais de 4 mil, ou seja 1,9% do total, passam por uma seleção antes de chegar ao destino final. O que nos faz concluir que a reciclagem do lixo está diretamente ligada à economia brasileira, já que é a fonte de sustento de muitas famílias, e passa longe de atingir a conscientização das pessoas quanto à preservação do meio ambiente. Catar e vender latinhas de alumínio tem se mostrado uma prática corriqueira entre as famílias de baixa renda. A tarefa, muitas vezes, envolve toda a família – principalmente as crianças, que recolhem o material dos lixos domiciliares ou pedem em estabelecimentos comerciais. Também se incluem as garrafas pet, papel, papelão e vidros, cujo montante é vendido posteriormente. Por outro lado, alguns materiais “menos lucrativos” são descartados por essa população, como as carcaças de pneus, por exemplo, que demoram muito tempo para se decompor e ficam amontoados em terrenos baldios ou à beira de estradas correndo sérios riscos de incêndio, além do risco à saúde pública e
ao meio ambiente.
É preciso que a população tenha conhecimento de que a coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta, prolonga a vida útil dos aterros sanitários e deixa nosso meio ambiente menos contaminado. Mas isso só será possível com a participação de toda a sociedade: a educação nas escolas, a implementação de políticas públicas e o apoio da iniciativa privada.

Lixo

O lixo é uma fonte de riquezas. As indústrias de reciclagem produzem papéis, folhas de alumínio, lâminas de borracha, fibras e energia elétrica, gerada com a combustão.
No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia.
O Brasil é considerado um grande "reciclador" de alumínio, mas ainda reaproveita pouco os vidros, o plástico, as latas de ferro e os pneus que consome.
A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia, com este lixo, em uma semana dá para encher um estádio para 80.000 pessoas.
Se toda água do planeta coubesse em um litro, a água doce corresponderia a uma colher de chá.
Somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto é queimado. Por outro lado, cerca de 60% do papel ondulado é reciclado no Brasil.
Um litro de óleo combustível usado pode contaminar 1.000.000 de litros de água.
Menos de 50% de produção nacional de papel ondulado ou papelão é reciclado atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O restante é jogado fora ou inutilizado.
Pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, um pouco mais de 1 quilo de lixo por dia. Atualmente, a produção anual de lixo em todo o planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas.

Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras:

1. 39%: papel e papelão
2. 16%: metais ferrosos
3. 15%: vidro
4. 8%: rejeito
5. 7%: plástico filme
6. 2%: embalagens longa vida
7. 1%: alumínio

Perigos

Crianças e adolescentes que trabalham no lixo estão expostos a uma série de doenças que seriam facilmente evitadas.
Por lidar com restos de comida, cacos de vidro, ferros retorcidos, plásticos pontiagudos e despejos com resíduos químicos, essas crianças sofrem de diarréias, tétano, febre tifóide, tuberculose, doenças gástricas e leptospirose.
Nos resíduos sólidos, os microorganismos causadores de doenças sobrevivem por dias e até meses.
Em todo o Brasil, a falta de saneamento, a ausência na maioria dos municípios de coleta de lixo de qualidade e a convivência direta com o lixo fazem surgir epidemias.
A dengue é um exemplo. Em 1982, o País registrou 12 mil casos da doença. Todos na Região Norte. Em 1998, foram mais de 527 mil casos espalhados por todo o Brasil.
A cólera também ressurgiu com força nos anos 90. Em 1991, foram 2,1 mil casos confirmados da doença. Em 1994, o País chegou a ter 51,3 mil pessoas infectadas com o vibrião colérico.
A febre tifóide, causada pelo consumo de carne de porco contaminada, está em declínio no Brasil. Mas o País registra mais de mil casos por ano da doença. Nos lixões, é comum ver famílias morando ao lado de chiqueiros, onde criam porcos. Esses animais são alimentados com os restos de comida trazidos do lixo.
*Fonte: Fundação Nacional de Saúde/Ministério da Saúde.

Índices da Reciclagem

Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4%
Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%
Nas ruas
Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67%
Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%
Lixões
Capitais com lixões: 25,93%
Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%
Fonte: Pesquisa Água e Vida/Unicef

Soluções para os Resíduos Sólidos

Adotar a reciclagem como prática produtiva. Se o País reciclasse todas as latas de aço que consome, seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano e economizaria energia equivalente ao consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 Watts.
Reduzir a quantidade de lixo produzido nas casas e nas indústrias.
Aproveitar tudo o que puder dos alimentos, economizando também nas quantidades. Por exemplo: talos, cascas e folhas de frutas, verduras e legumes são altamente nutritivos e, com um pouco de criatividade, podem ser transformados em pratos saborosos.
Pensar bem antes de jogar fora os restos dos alimentos. Será melhor colocá-los em uma embalagem e dar aos que têm fome do que alimentar os ratos que vivem nos lixões.
Reutilizar diversos produtos antes de jogá-los fora, usando-os para a mesma função original ou criando novas formas de utilização.
Doar o que ainda serve para outras pessoas e instituições de caridade. Exemplos: roupas a ser reformadas, móveis restaurados, vidros e plásticos transformados em utilidades.
Repensar os hábitos de consumo e de desperdício. Consumir o necessário, mas sem exageros. É importante consumir produtos mais duráveis.
Não jogar papéis, latinhas e bitucas de cigarro nas ruas, pois vão direto para os bueiros, causando entupimentos e enchentes. Os únicos responsáveis pela poluição das águas, mares, rios e lagos somos nós, a população.

Pontos Positivos da Reciclagem de Resíduos Sólidos Urbanos

Altas taxas de reciclagem para materiais de valor e fáceis de separar
Ação de catadores de rua, que em muito contribuem para as taxas de reciclagem
Municípios com Coleta Seletiva e com programas sociais para inclusão de catadores
Venda de recicláveis é fonte de renda de muitas famílias.


Lixo ou uma fonte de renda?

Reciclagem além de se uma questão social e ambiental é educacional. Não sendo problema, pelo contrário é solução.

Coleta Seletiva

A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados.
Com isso alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além disso, o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros naturais.
Uma lata velha que se transforma em uma lata nova é muito melhor que uma lata a mais. E de lata em lata o planeta vai virando um lixão...
No Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades, de acordo com o professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed. Humanitas). Na maior parte dos casos a coleta é realizada pelos Catadores organizados em cooperativas ou associações.
Sistemas de coleta seletiva podem ser implantados em uma escola, uma empresa ou um bairro.
Não há uma fórmula universal. Cada lugar tem uma realidade e precisamos inicialmente de um diagnóstico local: Tem cooperativas de catadores na minha cidade? O material separado na fonte e doado vai beneficiar um programa social? Vamos receber relatórios mensais dos pesos destinados? Qual é o tipo, volume e freqüência de lixo gerado? O que é feito atualmente? A cooperativa poderá fazer a coleta no local? Pra que separar em quatro cores se a coleta será feita pelo mesmo veículo? Como podemos envolver as pessoas? Jornalzinho? Mural? Palestras?
Como você pode ver coleta seletiva é bem mais que colocar lixeiras coloridas no local.
A Coleta seletiva deve ser encarada como uma corrente de três elos. Se um deles não for planejado a tendência é o programa de coleta seletiva não perseverar.
O planejamento deve ser feito do fim para o começo da cadeia. Ou seja: primeiro pensar em qual será a destinação, depois (e com coerência) a logística e por fim o programa de comunicação ou educação ambiental.
Há algumas
informações básicas que podem ajudar.
Apresentamos em
casos, algumas experiências em coleta seletiva.
É muito importante pensar globalmente
mas AGIR localmente!

Destinação

O primeiro passo quando pensamos na questão do lixo, o mais difícil de equacionar e o que vai demandar maior pesquisa, é a destinação. Afinal de que adianta separar se não conhecemos o processo como um todo? Para onde vai o nosso lixo depois que o lixeiro passa? Há alternativas? O que fazer com o lixo separado? As alternativas de destinação atuais são ambientalmente satisfatórias? Como poderia melhorar? O que eu posso fazer? Todas essas são perguntas altamente pertinentes que devem preceder qualquer iniciativa relativa a lixo. Este deve ser o fio condutor tanto de um trabalho escolar quanto de uma proposta de logística. Afinal, se queremos participar devemos conhecer a fundo o processo de nossa cidade. Essas perguntas nos instrumentalizam para a mudança com os pés no chão. Costumamos dizer que o romantismo é muito prejudicial para o meio ambiente pois alguns indivíduos, munidos da mais genuína boa vontade, eventualmente, ignoram o processo e acabam interferindo de maneira não durável ou afastada dos reais pressupostos, o que deixa uma imagem de insucesso que vai comprometer a próxima ação em meio ambiente. Todos vão achar que "isso não dá certo". Isso acontece com freqüência, não é mesmo?
Não existem respostas universais. Não existe um sistema de coleta seletiva que possa ser considerado universal e aplicável a toda e qualquer situação. Cada caso é um caso, cada cidade tem a sua peculiaridade e as questões condicionantes devem ser minuciosamente estudadas antes de escolhermos este ou aquele desenho de logística de coleta seletiva.
Precisamos estar preparados para os
4 fatores: quantidade, qualidade, freqüência e forma de pagamento; leis de mercado que muitas vezes inviabilizam a continuidade do programa de coleta seletiva.
Relatamos aqui alguns casos para que um maior número de referências sirva para nos instrumentalizar para a ação.

A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa "cinza". No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.
A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez. Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.

A questão é: o que fazer com tanto lixo?

Felizmente, o homem tem a seu favor várias soluções para dispor de forma correta, sem acarretar prejuízos ao ambiente e à saúde pública. O ideal, no entanto, seria que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens.
Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima e de energia fornecidas pela natureza. Assim, o conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como "coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem".
Do livro "Lixo - De onde vem? Para onde vai?" de Francisco Luiz Rodrigues e Vilma Maria Gravinatto - Ed. Moderna

Para determinar a melhor tecnologia para tratamento, aproveitamento ou destinação final do lixo é necessário conhecer a sua classificação.

Lixo urbano

Formado por resíduos sólidos em áreas urbana, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas industria de fundo de quintal) e resíduos comerciais.

Lixo domiciliar

Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata, vidro.

Lixo comercial

Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais Composto por matéria orgânica, papéis, plástico de vários grupos.

Lixo público

Formado por resíduos sólidos produtos de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores).

Lixo especial

Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos.

Lixo industrial

Nem todos os resíduos produzidos por indústria, podem ser designados como lixo industrial. Algumas indústrias do meio urbano produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo disto são as padarias; os demais poderão poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino.

Lixo de serviço de saúde (RSSS)

Os serviços hospitalares, ambulatórias, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças, devem ser destinados a incineração.

Lixo atômico

Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enrriquecido com isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da população, por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível.

Lixo espacial

Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites.

Lixo radioativo

Resíduo tóxico e venenoso formado por substâncias radioativas resultantes do funcionamento de reatores nucleares. Como não há um lugar seguro para armazenar esse lixo radioativo, a alternativa recomendada pelos cientistas foi colocá-lo em tambores ou recipientes de concreto impermeáveis e a prova de radiação, e enterrados em terrenos estáveis, no subsolo.

Tempos de Decomposição

Conforme a FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE (1999), qualquer que seja nossa proposta quando nos referimos ao meio ambiente, sempre teremos que considerar o gerenciamento dos resíduos humanos, de forma contínua, pois uma quantidade elevada de lixo é diariamente descartada no solo e na água, a
absorção destes resíduos pelo meio ocorre de forma lenta.

Lixo – o que podemos fazer diante desse problema?

A produção de resíduos é inerente à condição humana. Cada pessoa produz cerca de 300 quilos por ano e como um processo inexorável, tornou-se um problema de difícil resposta, que exige a reeducação e comprometimento do cidadão. O que acontece com o lixo depois que é jogado na lixeira? O que se faz com as toneladas de lixo recolhido diariamente?
O tempo que a natureza leva para decompor alguns dos produtos... Papel: de 3 a 6 meses;Pano: de 6 meses a 1 ano; Filtro de cigarro: 5 anos;Chiclete: 5 anos;Madeira pintada: 13 anos;Nylon: mais de 30 anos;Plástico: mais de 100 anos;Metal: mais de 100 anos;Borracha: tempo indeterminado;Vidro: 1 milhão de anos.

Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
O que pode ser feito:
A maior parte do que jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado. Separando os materiais que podem ser reciclados, a quantidade de lixo a ser coletado é muito menor.Embalagens: ao comprar qualquer produto, não utilize várias embalagens (caixa + sacolinha + embrulho + sacolão + fitinha + etc). Não desperdice!
Reciclagem – uma alternativa
Cerca de 50% de todo material descartado como lixo pode ser recuperado como matéria-prima, sendo reutilizado na fabricação de um novo produto.Quando pensamos na questão do lixo, o mais difícil de equacionar, e o que vai demandar maior pesquisa, é a destinação. Afinal de que adianta separar se não conhecemos o processo como um todo? Para onde vai o nosso lixo depois que o lixeiro passa? Há alternativas? O que fazer com o lixo separado? As alternativas de destinação atuais são ambientalmente satisfatórias? Como poderia melhorar? O que eu posso fazer? Essas são as perguntas que precedem qualquer iniciativa relativa a lixo. Devem ser o fios condutor tanto de um trabalho escolar quanto de uma proposta de logística. Afinal, se queremos participar devemos conhecer a fundo o processo de nossa cidade. Essas perguntas nos instrumentalizam para a mudança com os pés no chão. Não existem respostas universais. Dessa forma, não existe um sistema de coleta seletiva que possa ser considerado universal e aplicável a toda e qualquer situação. Cada caso é um caso, cada cidade tem a sua peculiaridade e as questões condicionantes devem ser minuciosamente estudadas antes de escolhermos este ou aquele desenho de logística de coleta seletiva. Precisamos estar preparados para os 4 fatores: quantidade, qualidade, freqüência e forma de pagamento; leis de mercado que muitas vezes inviabilizam a continuidade do programa de coleta seletiva.No Rio de Janeiro, depois de uma urbanização promovida pela COMLURB, vieram a funcionar, embaixo de viadutos, as sedes das Cooperativas de Catadores de Lixo que são 15 no total.Os Catadores juntam papel, plástico, alumínio (latas), ferro e vidro preferencialmente, vendendo-os para os consumidores de lixo selecionado que o usam como matéria prima, como fábricas de vidro, de latas, de plástico, etc...Os Catadores só estão autorizados pela COMLURB a catar o lixo separado que encontram nas calçadas, nos dias da coleta regular, seguindo logo atrás do caminhão, para evitar que seja deixado lixo reciclável diariamente nas calçadas.Isso ajudou por um lado, mas complicou por outro, pois a população desejosa em colaborar para a reciclagem de lixo e de separar o lixo para os Catadores Cooperativos, só podem ajudá-los levando para o viaduto mais próximo o lixo separado. Transportar o seu lixo reciclável é o que todos os países civilizados fazem, porém o fazem a pé, já que existem pontos de recolhimento, principalmente de vidro, em cada esquina. Atualmente a Cooperativa da Barra consegue juntar 250 toneladas mensais, com uma meta de recolher 400 toneladas de lixo reciclável. Além disso, eles estão requisitando doação de carros velhos pois na Barra, devido às longas distâncias, recolher o lixo reciclável apenas com os carrinhos de mão se faz quase impossível.Se você trabalha em um escritório que produz grande quantidade de lixo papel, por exemplo, ligue para a Cooperativa mais próxima para ver se é possível combinar uma freqüência de recolhimento.

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