quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Amazônia

Autores: Alice Ourique Belchor, Bibiana Lopes, Eduardo Campos Lino, Ethel Torres Guareschi e Maíse Ximenes Bocácio.
Turma: 302
Disciplina: Biologia
Prof Orientador: Rosimeri

INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos comentar sobre a Amazônia e sua importância, ressaltaremos também, algumas de suas características especificas, e o grande risco que ela vem correndo.

Vídeo: Amazônia para sempre



AMAZÔNIA

A Amazônia é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (que também é chamada Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica). É o rio de maior bacia hidrográfica do mundo e é também o rio mais volumoso. Estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada Amazônia Legal. É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país.
O clima é do tipo equatorial, quente e úmido, com a temperatura variando pouco durante o ano, em torno de 26ºC. É muito comum na região, os períodos de chuva provocados em grande parte pelo vapor d'água trazido do leste pelos ventos.
A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra.
Apesar de ser o maior estado brasileiro (Amazonas), possui a menor densidade demográfica humana, com menos de 10% da população do país, 7.652.500 habitantes.
Em território brasileiro, os ecossistemas amazônicos ocupam uma superfície de 368.989.221 ha, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. A Amazônia é reconhecida como a maior floresta tropical existente, o equivalente a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas e o maior banco genético do planeta. Contém 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e um patrimônio mineral não mensurado.

A floresta Amazônica é um ecossistema auto-sustentável. Ou seja, é um sistema que se mantém com seus próprios nutrientes num ciclo permanente.

A floresta

A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.

Economia

A economia é dominada pelo extrativismo vegetal, exercido sobre uma flora com enorme variedade de espécies. Além da seringueira e do caucho, de onde se extrai a borracha, são coletadas a castanha-do-pará, vários tipos de madeira, gomas, guaraná, babaçu, malva e muitas outras. O extrativismo mineral começa a assumir maior importância, já que a região possui inúmeros recursos, até hoje pouco explorados: ouro no Pará, no Amazonas, em Roraima e no Amapá; ferro no Pará (serra dos Carajás), no Amapá e no Amazonas; sal-gema no Amazonas e no Pará; manganês no Amapá (serra do Navio), no Pará e no Amazonas; bauxita no Pará (Oriximiná, no rio Trombetas, e em Tucuruí), além de calcário, cassiterita, linhita, gipsita, cobre, estanho, chumbo, caulim, diamante e níquel.
Na agricultura, as principais lavouras são as de juta, pimenta-do-reino, arroz, milho, cacau e mandioca. A criação de gado bovino concentra-se na região de Marajó, nos arredores de Porto Velho (Roraima), no Amapá e no norte dos Estados de Tocantins e Mato Grosso. A pesca do pirarucu e de outros peixes serve ao consumo local. Várias hidrelétricas, como as de Tucuruí, no rio Tocantins, no Estado do Pará, e a de Balbina, no Estado do Amazonas, próxima de Manaus, foram construídas.


Chuvas e inundações na bacia amazônica

A bacia amazônica é um dos locais mais chuvosos do planeta, com índices pluviométricos anuais de mais de 2.000 mm por ano, podendo atingir 10.000 mm em algumas regiões. Durante os meses de chuva, a partir de dezembro, as águas sobem em média 10 metros, podendo atingir 18 metros em algumas áreas. Isso significa que durante metade do tempo, grande parte da planície amazônica fica submersa, caracterizando a maior área de floresta inundada do planeta, cobrindo uma área de 700.000 Km2.

Rio Amazonas

O rio Amazonas conta com mais de 1.000 afluentes e é o maior e mais largo rio do mundo e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Amazônica. O volume de suas águas representa 20% de toda a água presente nos rios do planeta. Tem extensão de 6.400 quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a do rio Nilo). Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A profundidade média é de 30 a 40 metros.
No período das chuvas, os rio chega a crescer 16 metros acima de seu nível normal e inunda vastas extensões da planície, arrastando consigo terras e trechos da floresta. Sua largura média é de 12 quilômetros, atingindo freqüentemente mais de 60 quilômetros durante a época de cheia. As áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos países da Europa juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.

Pororoca

Na foz do rio Amazonas, quando a maré sobe, ocorrem choques de águas, elevando vagalhões que podem ocasionar naufrágios e são ouvidos a quilômetros de distância, é a pororoca.
O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros rios, consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m e avança rio adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar árvores e modificar o leito do rio.

Rio Negro

Suas águas são mesmo muito escuras. Isso acontece por causa da decomposição da matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pela inundações.
Como a água é muito ácida e pobre em nutrientes, é este processo que garante a maior parte dos alimentos consumidos pela fauna aquática.

Rio Solimões

Quando o rio Solimões se encontra com o Negro (ganhando o nome de rio Amazonas), ele fica bicolor. Isso acontece por que as águas, com cores contrastantes, percorrem vários quilômetros sem se misturar.

Desmatamento da Floresta Amazônica

Nosso futuro está em jogo. Cientistas alertam: a Amazônia corre o risco de se transformar em uma grande savana. Mas é possível explorar suas riquezas naturais e, ao mesmo tempo, preservar o planeta.
O ataque à floresta vem de várias frentes: desmatamento, queimadas, pecuária, garimpos e, mais recentemente, o plantio de soja.
A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km², a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988, desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas, pode inclusive alterar o clima da Terra.
Na Amazônia, o desmatamento já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória. 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desmatamento, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor).
De acordo com o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta tem hoje cerca de 80% do seu tamanho original. Já foram derrubados 641 mil quilômetros quadrados de mata- uma área maior que os três estados da região Sul.
Tamanha destruição lança na atmosfera mais de 200 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, o equivalente a 75% do total de gases estufa produzidos no Brasil.
O uso da terra, incluindo desmatamento, é a segunda maior fonte de gases estufa do mundo. Só é superado pelas emissões da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, para geração de energia na indústria e ns meios de transporte.
Para estabilizar as condições climáticas, é necessário desenvolvimento de tecnologias mais eficientes. Na mesma floresta amazônica, já funciona com sucesso a produção de um combustível bem menos poluente que o diesel.
A grande diversidade geológica, aliada ao relevo diferenciado, resultou na formação das mais variadas classes de solo, sob a influência das grandes temperaturas e precipitações, características do clima equatorial quente superúmido e úmido. Contudo, a fertilidade natural dos solos é baixa, em contraste com a exuberância das florestas ombrófilas (úmidas) que nelas se desenvolvem.
Os ecossistemas amazônicos são sorvedouros de carbono, contribuindo para o equilíbrio climático global. Existe um delicado equilíbrio nas relações das populações biológicas que são sensíveis a interferências antrópicas.
Mas a preservação da floresta não depende só de quem vive perto dela.

Desmatamento de Florestas

A taxa anual de desmatamento na Amazônia Legal no período agosto/2003-agosto/2004 - alarmantes 26.130 km2 – foi a segunda maior da história e equivale a mais de 8,6 mil campos de futebol por dia. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a destruição em apenas um ano da floresta com a maior biodiversidade do planeta foi maior do que a área total do Estado de Sergipe e pouco menor do que a Bélgica.
Nos últimos três anos, os índices de desmatamento têm se mantido acima de 23 mil km², número superior aos da época da ditadura militar. A destruição de florestas tropicais, além de reduzir a biodiversidade do planeta, causa erosão dos solos, degrada áreas de bacias hidrográficas, libera gás carbônico para a atmosfera, causa desequilíbrio social e ambiental. A redução da umidade na Amazônia faz reduzir as chuvas na região centro-sul brasileira.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2007), 75% da área desmatada na Amazônia é ocupada pela pecuária. São 70 milhões de bovinos, e um terço está no Mato Grosso. A ocupação é de quase uma cabeça de gado por hectare.
As bacias hidrográficas de Mato Grosso já perderam de 32% a 43% de sua cobertura vegetal original.
”As queimadas podem diminuir ou mesmo escassear bastante as chuvas em determinados locais. Os sistemas de circulação podem levar vapor d'água, partículas produzidas na Amazônia para o Sul e Sudeste do Brasil. Isso poderá favorecer uma maior precipitação no Sul e Sudeste do país”, afirma Raimundo Cosme de Oliveira JR, da Embrapa.
No Brasil, a quase totalidade das queimadas é causada pelo Homem, por razões muito variadas: limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos, disputas fundiárias, vandalismo, colheita manual de cana-de-açúcar (necessita mecanização para evitar a queima), etc.
As queimadas na Amazônia respondem pela maior parte das emissões de gases que produzem o efeito estufa. Esta gigantesca região necessita de medidas de conservação.
No desmatamento ilegal, a queima descontrolada (sem barreiras que impedem a propagação do fogo) propicia condições para incêndios florestais.
Outras práticas irresponsáveis : soltar balões, acender velas próximas a vegetação, jogar pontas de cigarros acesas nas margens das estradas, não apagar restos de fogueiras e a falta de cuidado ao lidar com fogo. A fumaça gerada pelas queimadas é responsável por milhares de internações.
O Departamento de Ciências Atmosféricas da USP constatou que a fuligem das queimadas na Amazônia é levada pelo vento para o Centro-Sul do País e para o Oceano Atlântico.
A diminuição dos índices de desmatamento entre 2004 e 2006 foi reflexo dos esforços oficiais (como a criação de unidades de conservação e aumento da fiscalização) e da recessão vivida pelo agronegócio no período.
A floresta já perdeu quase 20% do seu tamanho original - 700 mil quilômetros quadrados foram derrubados.
O Brasil reduziu o desmatamento da floresta amazônica em 19.000 km² em 2005 e em um pouco mais de 13.000 km2 em 2006, segundo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Ameaças

Grilagem (posse ilegal de terras mediante documentos falsos), desmatamentos, queimadas, madeireiras predatórias, expansão da fronteira pecuária e agrícola (soja principalmente no Mato Grosso), fiscalização insuficiente, impunidade, caça e pesca sem controle, contrabando de animais. A floresta é vulnerável aos efeitos do aquecimento global.

A Amazônia e o efeito estufa.

O efeito estufa é o resultado do acúmulo de certos gases na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), que impedem o retorno de parte dos raios solares para a atmosfera, ocasionando o aquecimento global. Após a revolução industrial (1750) houve um aumento expressivo no acúmulo de CO2 na atmosfera, resultado principalmente da queima de combustíveis fósseis. Estima-se que a temperatura do planeta já aumentou 0,7ºC no último século e que vai aumentar ainda mais nas próximas décadas. Algumas das possíveis conseqüências incluem: degelo polar, aumento do nível dos oceanos, secas e enchentes severas.
Em 1997 foi estabelecido o Protocolo de Kyoto23 que propõe metas para diminuir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 5% (referente a 1990) nos países desenvolvidos. Além disso, o protocolo também estabelece três mecanismos de flexibilização para facilitar o processo de redução de emissões: a Implementação Conjunta; o Comércio de Emissões; e o Mecanismo de Desenvolvimento.
No Brasil, a emissão de CO2 em função da queima de combustíveis fósseis representa 25%, o que é pouco, comparado aos outros países (MCT 2004). Estima-se que o Brasil emitiu 1,03 bilhão de toneladas de CO2 para a atmosfera em 1994 e que 75% dessas emissões foram causadas pela mudança no uso do solo (MCT 2004). A mudança no uso do solo compreende o balanço do carbono emitido pelo desmatamento, pelas queimadas e pelos solos e aquele removido pelas florestas plantadas e em crescimento. O desmatamento da Amazônia tem grande participação nas emissões brasileiras de CO2. Só em 1994 (quando o desmatamento somava 14,9 mil quilômetros quadrados), essa atividade foi responsável pela emissão de 429 milhões de toneladas de CO2 (MCT 2004).
A diminuição da taxa de desmatamento da Amazônia é a principal alternativa para o Brasil reduzir suas emissões de CO2.
Estimativas recentes apontam que o desmatamento no mundo representa 20% do total de emissões globais de GEE e que a diminuição do desmatamento é a forma mais barata de reduzir a concentração de CO2 na atmosfera. Por isso, propostas de mecanismos para compensação financeira pelo “desmatamento evitado” estão em discussão no âmbito nacional e internacional. Além de diminuir as emissões de GEE, evitar o desmatamento é uma grande oportunidade para a conservação das florestas tropicais e sua biodiversidade.


Aquecimento global pode dividir a Amazônia.

Eventos climáticos extremos, como secas induzidas pelo aquecimento global e pelo desmatamento, podem dividir a Amazônia em duas e transformar em cerrado uma área de 600 mil quilômetros quadrados. O alerta é de pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Eles fizeram um mapa das áreas mais sensíveis da floresta à seca, usando os registros de precipitação dos últimos cem anos. Essa "Amazônia seca" possui vegetação com maiores índices de evapotranspiração, e seus solos tendem a ficar mais secos durante os meses sem água do que solos de regiões muito úmidas, como a de Manaus por exemplo.
Isso a torna muito mais vulnerável a incêndios florestais, o principal agente de conversão de floresta em savana. Fatores que alterassem a freqüência de chuvas nessa região --produzindo, digamos, uma seqüência de anos mais secos-- poderiam mudar também a cobertura vegetal, para um estado no qual os cerrados tomariam conta e a floresta não poderia retornar, mesmo depois que o clima voltasse ao normal.

Retirada da madeira

O grande problema da Amazônia é que os recursos naturais da maior floresta tropical do mundo estão sendo destruídos desnecessariamente. O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública. A terra, tem madeira de valor, continua mantendo uma floresta de grande porte. Mas o segundo momento da ocupação irregular da floresta é feito por um fazendeiro. Geralmente, esse grande proprietário já estava associado ao madeireiro. O que o fazendeiro faz é tocar fogo na floresta e, sobre as cinzas, plantar capim para criar gado. Enquanto isso, o fazendeiro manobra politicamente para forjar documentos de posse de terra. Quando não há mais sinal de floresta, o pecuarista pode vender a terra para um sojicultor e ocupar outra área.
Esse modelo de ocupação predatório e paralelo à lei deixa um saldo de pobreza. Um estudo feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) junto com o Banco Mundial indicou que, nos primeiros três anos de exploração predatória de madeira, um município típico da Amazônia consegue obter uma renda anual de US$ 100 milhões. Nesse período dourado e fugaz, a atividade gera cerca de 4.500 empregos diretos, atraindo gente de outras regiões. Mas a madeira disponível acaba em cinco anos, aproximadamente. Com isso, a renda do município cai para US$ 5 milhões. A atividade que resta, pecuária extensiva, emprega menos de 500 pessoas. Depois do ciclo destrutivo, o município fica com uma população de desempregados e sem recursos naturais.

AUMENTAM AS ÁREAS PROTEGIDAS

As Áreas Protegidas são estratégicas para a conservação da floresta amazônica. No Brasil, essas áreas são divididas em Unidades de Conservação e Terras Indígenas. As Unidades de Conservação estão classificadas como de proteção integral (Parnas, Rebio, Esec etc.) e de uso sustentável (Flonas, Resex, RDS etc.). As Áreas Protegidas representam uma maneira eficiente de combater o desmatamento e conservar as florestas.

O que podemos fazer?

“Se perguntarmos ao brasileiro o que ele está fazendo pelo desmatamento, não saberá dizer. Provavelmente vai dizer que não tem a ver com isso. Não se dá conta de que existem diversas ações no dia-a-dia, que provocam prejuízo ambiental. Ao comer carne, o consumidor está provocando, por exemplo, desmatamento para a ocupação de pecuária em áreas da Amazônia”, lembra Hélio Mattar, do Instituto Akatu.
Ao comprar produtos florestais como madeira e papel, exija o selo Conselho de Manejo Florestal (FSC) para ter a garantia que eles provêm de florestas manejadas de acordo com critérios rigorosos e não predatórios. O selo verde atesta o uso de técnicas de corte que respeitam os ciclos de regeneração da mata.
Reduzir o consumo de carne em geral também ajuda no combate ao desmatamento. Isso porque muito da produção de soja é utilizada como ração de animais, como aves e porcos. Além de fazer bem à saúde, uma dieta com muitos vegetais é a que menos causa impactos negativos ao meio ambiente. Ao comer menos carne vermelha, por exemplo, o cidadão está contribuindo também no sentido de reduzir a necessidade de abertura de novas áreas de pastagens. Além disso, são economizados 20 mil litros de água tratada envolvida na produção de cada quilo de carne bovina.
Evite consumir produtos feitos com couro animal. Busque alternativas como o couro vegetal (ecológico) feito a partir da extração do látex.
Reduza o consumo de papel. Prefira papel reciclado. Elimine o desperdício de alimentos para que a fronteira agrícola não avance ainda mais em direção às florestas nativas.
Comerciantes não devem comprar madeira ilegal, sem o documento de origem florestal. Grande parte da madeira extraída ilegalmente é vendida em lojas e depósitos de material de construção. Preste atenção na hora de construir ou reformar sua casa. Só compre móveis duráveis e conserve-os bem.
Não compre orquídeas, bromélias, xaxins e palmitos sem certificado de origem. São espécies ameaçadas de extinção e só podem ser vendidas se forem cultivadas com essa finalidade.
O palmito Juçara, encontrado na Mata Atlântica vem sendo explorado de forma predatória. A sua palmeira está em extinção. Evite comprar palmito in natura, principalmente os vendidos na beira de estradas. Recuse palmito em conserva que não tenha registros do Ministério da Saúde ou do Ibama. Não arrisque sua saúde. O botulismo é uma intoxicação alimentar provocada pelo consumo de palmito produzido sem condições de higiene necessárias. Combata o palmito clandestino.
O juçara morre após a extração do palmito. A pupunha e o açaí, originários da Floresta Amazônica, se regeneram após o corte.
Não compre imóveis dentro de áreas protegidas da Mata Atlântica. A sociedade civil organizada pode cobrar do governo a intensificação de esforços como por exemplo:

- aumentar a verba para a fiscalização da ocupação ilegal de terras (maiores investimentos para garantir uma presença mais efetiva na Amazônia : Ibama, Polícia Federal e Exército principalmente ao longo das estradas clandestinas e áreas críticas detectadas por satélite);
- combater a exploração predatória de madeira (punição dos infratores incluindo servidores corruptos, apreensão de equipamentos);
- organizar o caos fundiário da região e conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a proteção do meio ambiente;
- estancar o avanço de novos pastos sobre as florestas da região;
- fiscalizar e exigir o respeito às leis florestais e a recomposição da vegetação nativa por quem desmatou indevidamente;
- proteger os direitos e as terras dos índios;criar unidades de conservação principalmente onde há ameaça de expansão predatória.

Doenças

O desrespeito e a depredação da natureza provocam conseqüências desastrosas.
A destruição de florestas e o aquecimento global propiciam a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária.
Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vírus que não conhecia, como o HIV da aids, que espalhou-se pelo mundo a partir da caça de chimpanzés na selva africana.
CONCLUSÃO

Nesse trabalho concluímos e percebemos a importância da Amazônia para a nossa vida, e também a necessidade da preservação dessa imensa floresta. Concluímos também o risco que já estamos correndo pela má informação e o desinteresse da população.
Anexos

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