quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Aquecimento global - Brasil

Turma: 202

O que é aquecimento global

Basicamente é um fenômeno climático de grande proporção, um aumento da temperatura média da superfície terrestre nos últimos 150 anos. Atualmente existe um debate em relação às causas deste aumento na temperatura.
.Já está comprovado que o aquecimento global está se agravando consideravelmente, o que se deve em grande parte as atividades humanas.
Boa parte dos cientistas afirmam que o aquecimento observado se deve ao aumento da concentração de poluentes antropogênicos (provocados pelo homem) na atmosfera que causa o agravamento do efeito estufa. A principal evidência do aquecimento global vem sendo as altas temperaturas registradas em todo o mundo e a mudança brusca da temperatura. No inicio de 2007 as temperatura já bateram recordes.
O aquecimento global vem sendo apontado como o elemento agravante das forças dos furacões, do derretimento das calotas polares, enchentes em várias partes do planeta, etc. Várias manifestações estão sendo feitas contra o aquecimento global, uma das mais chamativas foi realizada no dia 01 de fevereiro de 2007, em Paris, França.
Onde milhares de pessoas se reuniram diante da Torre Eiffel aguardando o lançamento oficial do estudo da ONU sobre o aquecimento global. Sabe-se que a França é conhecida como a "Cidade Luz", para chamar a atenção do mundo em relação a economizar energia, a Torre Eiffel e vários outros monumentos foram apagados por 5 minutos.
Tentando dessa forma mostra as pessoas de que é dever de cada cidadão preservar a natureza e a matéria-prima dada por ela, poiS o exemplo deve partir de dentro de casa.

Efeitos da Poluição Atmosférica

Ao nível da saúde humana a poluição atmosférica afeta o sistema respiratório podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crônicas tais como a asma, bronquite crônica, infecções nos pulmões, enfizema pulmonar, doenças do coração e cancro do pulmão.
Os poluentes atmosféricos podem afetar a vegetação por duas vias: via direta e via indireta. Os efeitos diretos resultam da destruição de tecidos das folhas das plantas provocados pela deposição seca de S02' pelas chuvas ácidas ou pelo ozônio, refletindo-se na redução da área fotossintética. Os efeitos indiretos são provocados pela acidificação dos solos com a conseqüente redução de nutrientes e libertação de substâncias prejudiciais às plantas, resuUando numa menor produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e doenças.
Os efeitos negativos dos poluentes nos materiais resultam da abrasão, reações quimicas diretas ou indiretas, corrosão eletroquímica ou devido à necessidade de aumentar a freqüência das ações de limpeza. As rochas calcá rias são as mais afetadas, nomeadamente pela acidificação das águas da chuva.

Buraco do Ozônio

Depois da Antarctica o perigo do "buraco" do ozônio espreita o Ártico. Se as previsões dos especialistas estiverem certas, o problema poderá ser tão grave como no Pólo Sul, devido às baixas temperaturas registradas nos últimos anos nas camadas superiores da atmosfera. Por estranho que pareça, segundo um artigo publicado na "Newscientist", este arrefecimento acelerado da alta atmosfera tem origem no efeito de estufa, geralmente acusado de causar o aquecimento global nas camadas mais baixas da atmosfera. Durante anos, os cientistas preocuparamse sobretudo com o aquecimento da troposfera, a camada mais próxima da Terra. No entanto, as camadas superiores têm uma espessura maior e são tão importantes como a troposfera para os habitantes do planeta.

Causas do Aquecimento Global

O aquecimento global é causado pelo acÚmulo dos gases na atmosfera, como: dióxido de carbono (C02), metano (CRI), Óxido nitroso (N20), CFC's (CFxClx). Muitos gases são produzidos naturalmente, como resultado de . erupções vulcânicas, da decomposição de matéria orgânica e da fumaça de grandes incêndios, e outros pela interferência do homem nos ciclos naturais do planeta, como o desmatamento, a queima de florestas tropicais e a utilização de combustíveis fósseis em indústrias e usinas termelétricas, lançando grandes quantidades de gás carbônico ou dióxido de carbono na atmosfera, acelerando cada vez mais o efeito estufa e ocasionando fenômenos climáticos extremos e imprevisí veis.
Embora tenha 45% da energia originada de fontes não-poluentes e da produção de biocombustíveis, o Brasil precisa de uma política pública eficaz contra o desmatamento para impedir o aumento das emissões de gás carbônico, que contribui para o agravamento do aquecimento global.
Atualmente, o Brasil é o quarto emissor de gás carbônico do mundo, despejando cerca de um bilhão de toneladas por ano, segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia. As razões desse volume não estão nos veículos ou nas chaminés das fábricas. Isso porque 750/0 das emissões do principal gás causador do efeito estufa são provocadas pelas derrubadas de árvores.
os principais itens com os quais o Brasil mais contribui com o aquecimento global são: desmatamentos e queimadas (56,9%), indústria (17,1%), poluição da água (9,4%), adubos químicos na agricultura (4,8%), tráfego de veículos (4,7%) e mineração (1,9%).

Conseqüências do aquecimento no Brasil

O aquecimento no Brasil é o mecanismo principal da mudança climática que vem a ter efeitos diretos sobre a fisiologia corporal, bem-estar humano, por causa do aumento da temperatura. Embora estar associada à saúde pública e uma série de processos sociais e ambientais.Os grandes impactos da aquecimento no Brasil:As mudanças climáticas afetam no índice incidência de doenças e os padrões de mortalidade, que só aumentam, devido a grande parte da população se encontrar em zonas urbanas de fácil aceso aos maiores riscos. Eventos extremos oscilações do clima como: variações de temperatura; chuvas, furacões, tempestades, deslizamentos de terras, enchentes, doenças tropicais, inundações, secas e ilhas de calor são os principais núcleos que danificam a saúde diretamente, pois podem acelerar os ciclos infecciosos e facilitar a dispersão dos agentes microbianos e de seus transmissores, sobre agentes e vetores de doenças endêmicas, como a febre amarela, dengue, a malária, as leishmanioses, as diarréias e outras. As secas ,enchentes e ciclones decorrentes do aquecimento no país provocam destruição de Norte a Sul.Efeitos indiretos: clima alterado, o que provoca escassez de água, queda na produção de alimentos, irritação da poluição atmosférica, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. Que provocam dentre tantos os traumas físicos e psicológicos, como à queda da produção agrícola o que leva à perdas econômicas importantes (os pequenos produtores rurais perderam 75% da safra de milho e 95% do que foi plantado de feijão por causa da seca). As principais áreas agrícolas do Brasil, no Sul e do Sudeste, já sofrem chuvas mais intensas, devido ao aumento de 0.75 graus Celsius na temperatura. Podemos dizer então que o Brasil é um país muito vulnerável aos efeitos do clima.O semi-árido nordestino, limitada pela desertificação do solo. Eventuais aumentos de temperatura média e/ou redução das precipitações e umidade tornarão a subsistência ainda mais difícil, senão impossível. Biomas relativamente bem preservados, como a floresta Amazônica e o Pantanal, já contêm focos de doenças infecciosas. A estiagem só tem aumentado um processo que pode levar a savanizacão da floresta. Essa seca na Amazônia no indica que os fenômenos podem a vir a ocorrer com mais freqüência na Amazônia e no Nordeste.Com o aumento dos níveis dos mares o que inundaria ilhas e estuários do sul com água salgada haverá a extinção de muitas espécies de peixes dentre outros animais.Fatos como o recente furacão Catarina, o primeiro a se formar no litoral brasileiro em pelo menos mais de 50 anos, na costa de Santa Catarina no Rio Grande do Sul,causando prejuízo de mais de 1bilhao e 11 mortes.Outro dado é que a temperatura global média do ar aumentou 0,74ºC entre 1906 e 2005. Isso significa que a primavera no hemisfério Norte está sendo antecipada em 10 dias11 dos 12 últimos anos foram os mais quentes desde 1850; o nível médio do mar aumentou 1,6 milímetros por ano entre 1993 e 2003; a cobertura de neve e a extensão das geleiras diminuíram nos dois hemisférios.

Existe algo a fazer?

Para reverter os efeitos do aquecimento global é preciso reduzir a quantidade de carbono e de outros gases químicos destruidores lançados na atmosfera em todo o mundo.
Em 1997, a ONU (Organização das Nações Unidas) lançou o tratado de Kioto, assinado no Japão. Este tratado obriga legalmente a todas as nações industrializadas a diminuir em 5, 2%, entre 2008 e 2012, o lançamento dos gases estufa na atmosfera. Porém, os Estados Unidos, responsável por cerca de 30% de todos os poluentes lançados na atmosfera, não assinaram o protocolo. O pior, é que talvez nem os países que assinaram consigam cumprir as metas de diminuição.Os gases lançados na atmosfera podem permanecer por lá durante um ou mais séculos. Para que houvesse uma mudança significativa, deveria haver uma diminuição de 60% desses gases lançados.
O aquecimento global, não é um problema individual. É preciso haver logo uma conscientização da população mundial para que ainda se possa fazer algo. É uma luta contra o tempo, como se uma "bomba do tempo" estivesse ativada, correndo o risco de explodir a qualquer momento.

Soluções

O furacão Catarina, que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004, e a seca na Amazônia, que surpreendeu o mundo em 2005, já mostraram que o Brasil é muito vulnerável e ainda não está preparado para enfrentar o aquecimento global. A principal medida é estancar a destruição da Amazônia. Os desmatamentos e as queimadas fazem do País o quarto emissor de gases do efeito estufa do planeta.
As grandes hidrelétricas, que inundam imensas áreas de florestas, emitem grandes quantidades de metano para a atmosfera e expulsam comunidades inteiras de suas áreas tradicionais. As usinas a carvão mineral causam grande impacto ecológico e são grande fonte de gás carbônico. A energia nuclear também deve ser banida, pois ela é suja, cara, perigosa e ultrapassada. Estas não são soluções para o Brasil.
A eficiência energética é uma das formas mais limpas, baratas e rápidas de diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Investindo em eficiência energética, o Brasil poderá economizar 25% da energia que consome. O Brasil já tem 45% da sua matriz energética baseada em fontes renováveis, mas tem um imenso potencial eólico e solar que precisa ser explorado. Pequenas centrais hidrelétricas sem barragem e o biogás gerado nos aterros sanitários e nas estações de tratamento de esgotos são também alternativas importantes para a geração de energia no País.
Nas grandes cidades brasileiras, a queima de combustíveis fósseis provoca sérios danos à saúde e contribui para o aquecimento global. Combustíveis de transição, como o álcool e o biodiesel, devem ser amplamente utilizados por veículos particulares e coletivos. Nas metrópoles deve haver prioridade para o transporte coletivo de qualidade, com investimentos em sistemas mais eficientes e baratos. Os bondes elétricos e os trens metropolitanos são uma alternativa crucial. Ciclovias seguras devem ser implantadas e a malha ferroviária revitalizada e ampliada. Práticas agrícolas sustentáveis precisam ser disseminadas entre os agricultores que já estão sofrendo as anomalias climáticas, principalmente na região Sul. Novos estudos precisam ser feitos para possíveis adaptações ao zoneamento agrícola e redução de riscos no campo. A expansão da agricultura deve ocorrer através da recuperação de áreas já desmatadas e não sobre nossos biomas tão ameaçados.
Uma Política Nacional de Mudanças Climáticas é urgente para integrar ações isoladas que hoje são implementadas por instituições de pesquisa, universidades e pela sociedade civil. Estudos devem ser feitos sobre as conseqüências do aquecimento global no País. O assunto não pode virar prioridade apenas durante os desastres. É preciso que o governo federal coordene a elaboração de um Mapa de Vulnerabilidade e Riscos às Mudanças Climáticas, além de um Plano Nacional de Adaptação para reduzir as vulnerabilidades e um Plano Nacional de Mitigação para combater as causas do aquecimento global.
No semi-árido, as ações do Plano Nacional de Combate à Desertificação devem ser implementadas e integradas a uma Política Nacional de Mudanças Climáticas. A recuperação de áreas degradadas, de matas ciliares, a implementação de barragens subterrâneas e expansão do número de cisternas é fundamental para a população da região.
Os sistemas públicos de saúde precisam considerar a tendência de aumento de doenças infecciosas, assim como a redistribuição geográfica de doenças como a malária e a dengue. Estiagens prolongadas causarão também problemas de nutrição e até de más condições de higiene devido à falta de água, tanto no campo, como nas cidades.
O governo brasileiro precisa ainda lutar nos fóruns internacionais para fortalecer o regime global sobre mudanças climáticas, o Protocolo de Kyoto, para garantir que o aumento médio da temperatura permaneça o máximo possível abaixo de 2º C, o que poderá ser obtido se as concentrações de gás carbônico não ultrapassarem os 400 ppm (partes por milhão). Para que isso ocorra, os países industrializados terão que reduzir os seus níveis de emissões em curto prazo. E os países em desenvolvimento não devem reproduzir o modelo de crescimento dos países desenvolvidos, baseado em utilização intensiva de combustíveis fósseis. Suas necessidades de desenvolvimento devem ser atendidas utilizando energias renováveis modernas. O Brasil pode e deve dar exemplo ao mundo no setor energético.

PROTOCOLO DE KYOTO

A preocupação com o aquecimento global levou à criação, em 1988, do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), com os principais cientistas do clima e representantes de governos de todo o mundo. Em 1992, a ONU aprovou no Rio de Janeiro a Convenção sobre Mudanças Climáticas, que levou ao Protocolo de Kyoto, o mais ambicioso tratado ambiental. A primeira meta do Protocolo (2008-2012) é uma redução média de 5,2% em relação às emissões de gases de efeito estufa em 1990, para países desenvolvidos. Mas isso é pouco. Cientistas consideram que a redução tem que ser de 50% das emissões globais até 2050, para que o aumento de temperatura da Terra não ultrapasse o limite de 2º C, considerado o ponto de colapso do clima.

Aquecimento Global pode ser evitado

Ambiente Brasil 16/08/2004
Pesquisadores identificam 15 tecnologias prontas para serem usadas contra o aquecimento global.
Tecnologias existentes atualmente poderiam brecar o aumento no aquecimento global por pelo menos meio século. A afirmação é de uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que acaba de ser divulgada pela revista Science.
Os pesquisadores identificaram 15 tecnologias prontas para serem utilizadas em grande escala – que empregam energia solar, nuclear ou eólica, por exemplo – e mostraram como cada uma delas poderia resolver parte do problema do aquecimento do planeta.
Os resultados obtidos desafiam o argumento muito usado de que seria preciso surgir uma nova tecnologia para vencer o desafio. “Isso certamente derruba a idéia de que precisamos fazer ainda muitas pesquisas até que seja possível enfrentar o problema do aquecimento”, disse Stephen Pacala, um dos autores do estudo. O outro autor, Robert Socolow, concorda. “Temos hoje as ferramentas para reduzir as emissões de carbono em todo o mundo, especialmente se pensarmos em campanhas de longo termo e não em soluções instantâneas”, disse.
Embora o estudo não tenha estimado os custos para desenvolver cada uma das tecnologias mencionadas, os autores afirmam que a implementação de medidas certamente geraria benefícios, como a criação de novas indústrias, a redução da dependência do petróleo e a menor necessidade da implantação de dispositivos de controle de poluição.
A pesquisa centrou-se no principal fator que contribui para o aquecimento do planeta, o dióxido de carbono (CO2) derivado da queima de combustíveis fósseis. As emissões atuais de CO2 contêm cerca de 7 bilhões de toneladas de carbono por ano, quantidade que os especialistas estimam que deverá dobrar nos próximos 50 anos, devido ao crescimento populacional e ao aumento na demanda de energia.
Pacala e Socolow mostraram como cada uma das 15 tecnologias que identificaram podem evitar a emissão de cerca de 1 bilhão de toneladas de carbono por ano em 2054. Entre as alternativas está a captura de dióxido de carbono em fábricas e refinarias, que seria armazenado no subsolo – a substância é comumente injetada no subterrâneo durante operações de prospecção. Outras opções são o uso de fontes renováveis de energia, como o vento ou a luz solar, que poderiam ser desenvolvidas.
Mas os cientistas da Universidade de Princeton ressaltam que a pesquisa por novas fontes de energia alternativas precisa continuar, pois elas serão fundamentais no futuro, quando as tecnologias que descrevem no artigo atingirem o potencial máximo e não puderem mais suprir a sempre crescente demanda energética.

Conscientização brasileira

Os brasileiros e os chineses são os mais conscientizados sobre o papel das atividades humanas no aquecimento global, mostrou uma pesquisa com 46 países efetuada através da internet pela ACNielsen.
Treze por cento dos pesquisados nos EUA nunca leram ou ouviram falar do assunto, embora os Estados Unidos seja o maior emissor de gases-estufa do mundo.
Os latino-americanos foram os mais preocupados e os norte-americanos os menos preocupados – apenas quarenta e dois por cento das pessoas consideraram o aquecimento global “muito grave”.
A sondagem disse que as pessoas que vivem em regiões vulneráveis a desastres naturais são as mais preocupadas – desde os latino-americanos preocupados com os prejuízos às plantações de café ou banana aos moradores da República Checa, fortemente atingida por enchentes em 2002.
Na América Latina, 96% dos entrevistados disseram que já ouviram falar do aquecimento global e 75% o consideraram muito grave.
A conscientização sobre o aquecimento global e seus males incita a tomada de ações para reduzi-lo. Nosso país dá exemplo usando fontes energéticas renováveis, mas , quando desmata a Amazônia, libera carbono no ar e fica em quarto lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa. O governo brasileiro tem dito nas negociações internacionais que o país faz a sua parte investindo em energias renováveis. No entanto, a gravidade do problema impõe uma mudança de posição política interna e externa. Ao invés de incentivar tanto o avanço do agro negócio, que vem destruindo de forma assustadora a Amazônia, a conservação da maior floresta tropical do mundo precisa ser a grande prioridade nacional, pois a sua perda altera o clima no Brasil, no mundo e propicia um maior aquecimento global.
No Brasil, o aquecimento global ainda é visto mais como uma oportunidade de negócios do que como um risco real e presente às comunidades pobres mais vulneráveis no campo, nas áreas urbanas, na Caatinga e no interior da Amazônia. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, instrumento previsto pelo Protocolo de Kyoto, é importante para incentivar projetos ambientais que retirem gases como o CO2 e o metano da atmosfera, mas é insuficiente, por si só, para reverter o problema. Se as emissões fossem estabilizadas nos níveis de hoje, a temperatura continuaria subindo por dezenas de anos. Um esforço hercúleo terá que ser feito pelos países industrializados, os principais poluidores, mas também pelo Brasil, que precisa assumir a sua responsabilidade como quarto maior emissor de gases estufa do planeta e adotar medidas para se adaptar e reverter o aquecimento global. Precisamos atingir essas metas antes que o temível marco dos 2º C de aquecimento se transforme em realidade. Depois desse marco, os cientistas prevêem cenários catastróficos, com efeitos devastadores para várias regiões do globo, inclusive para a Amazônia e outros pontos do Brasil. Temos pouco tempo e muito a fazer. Apenas com a conscientização de todos, governos, indústrias, cidadãos, conseguiremos vencer o que já se caracteriza como o maior desafio de nossa era.
A conscientização em primeiro lugar deve começar dentro de nossas próprias casas, com nossos filhos. Reparando melhor em nossos hábitos fica mais fácil perceber que não é a toa que o aquecimento global está aí. Cada brasileiro produz, por ano, cerca de uma tonelada e meia de gases que chegam à atmosfera, aumentam o calor, e ameaçam o bem-estar do planeta. Hábitos como: ir ao trabalho somente de carro, não se preocupar com a separação do lixo, dentre vários outros, têm que ser repensados e mudados, privilégios serão cortados, mas temos que ter consciência de que é necessário e se todo mundo fizer um pouquinho, melhorará o globo. Afinal, somos parte do mesmo planeta e temos a obrigação de salvá-lo.

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